Carlos do Carmo nasceu em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939.
Filho da fadista Lucília do Carmo, desde cedo teve alma fadista . A mãe era proprietária da casa de fados Adega da Lucília, no Bairro Alto, em Lisboa, atual Arcadas do Faia, que passou a ser gerida por Carlos do Carmo em 1962.
Em 1956, foi para a Suíça estudar línguas e gestão hoteleira.
A vocação musical só surgiu em 1963, quando gravou um fado da sua mãe, “Loucura”, num disco do Quarteto de Mário Simões.
Carlos do Carmo representou Portugal no 21.º Festival da Eurovisão, realizado em Haia, com “Uma Flor de Verde Pinho”, tendo conseguido o 18.º lugar.
No ano seguinte saiu o seu álbum “Um Homem na Cidade”, com poemas de José Carlos Ary dos Santos (1937-1984), musicados por José Luís Tinoco, Paulo de Carvalho, Martinho d’Assunção, António Victorino d’Almeida e Fernando Tordo.
Para a história da música ficam temas como “Por Morrer uma Andorinha”, “Bairro Alto”, “Canoas do Tejo”, “Os Putos”, “Lisboa Menina e Moça”, “Estrela da Tarde”, “Pontas soltas”, “O homem das castanhas” e “Um homem na cidade”, entre outras canções.
O fadista morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 81 anos, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tinha dado entrada ontem com um aneurisma.
As nossas condolências a toda a família.
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